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Minha jornada com o desenho (até agora)

Com 17 anos e uma caneta nanquim no estojo entrei na faculdade de artes me achando uma grande artista, sim, eu já tinha visto muitos tutoriais de aquarela no youtube e pintado cinco telas com tinta acrílica, mas meus conhecimentos sobre desenho eram praticamente nulos, meu desespero começou quando na primeira aula de desenho a professora pediu para todos desenharem uma figura humana e mostrar para turma, em meio a vários corpos humanos com boas proporções e contornos, lá estava meu simplório homem palito.

Depois desse dia percebi como eu teria que estudar para melhorar, e além de tudo, sair da minha zona de conforto, dos meus simples desenhos com formas figurativas e em preto e branco, em meio a uma turma que desenhava tão bem me vi desesperada a encontrar um estilo inovador e que me destacasse.

* Meu estilo antes de entrar na faculdade de artes.

Após alguns estudos e algumas aulas sobre observação, consegui fazer um corpo feminino que não se parecia com um palito, e então comecei a desenhar vários desses corpos como parte do portfólio da matéria, e após tudo isso, lá estava a minha poética, com as mesmas formas e as mesmas linhas de quando entrei na faculdade, lá estava eu novamente presa na minha zona de conforto, felizmente (ou não) minha professora adorou o desenho do corpo feminino, me dando conselhos para continuar na temática e até mesmo trocar a minha poética para a figura feminina.

* Minha primeira poética.

Depois disso, tudo o que eu desenhava tinha o corpo ou busto feminino, o mesmo traço, a mesma forma, somente mudando o cabelo, o fundo e uns poucos elementos do desenho, então percebi, ao olhar meu caderno de desenho e perceber que todas as formas eram iguais, eu havia caído em uma nova zona de conforto, sim, era um estilo diferente, e sim as pessoas começaram a olhar, mas eu não estava melhorando, e aos poucos fui notando que aquilo já não era mais o bastante pra mim, só que o medo de tentar desenhar algo diferente e não ficar bom era maior.

* Minha segunda poética.

Por sorte, logo descobri que haveria um desafio de desenhistas, o inktober, e junto com ele vinha uma lista de temas que eu teria que seguir em cada desenho, então, ao tentar ser fiel aos temas comecei a tentar coisas diferentes, formas diferentes, animais, objetos, e ao ir desenhando essas coisas fui percebendo que eu conseguia tentar, talvez eu não conseguisse o desenho mais perfeito, mas eu fui tentando, buscando imagens de referencia (coisa que eu nunca tinha feito antes) , e errando e acertando, e sensação de conseguir fazer um desenho que eu sempre quis mas pensava “eu não consigo” , me impulsionou a fazer mais, a testar mais.

* Alguns testes que fiz no sketchbook.

E ao fazer isso eu parei de pensar tanto em criar um estilo e comecei a pensar em fazer varias coisas e escolher o que eu mais gosto, e não só desenhar o que eu sei fazer e me acomodar nisso. Hoje eu ainda faço as formas de antigamente, e os corpos femininos, mas eu misturo com outro estilo, ou eu faço porque no momento eu quero fazer aquilo, e não porque eu estou presa a aquela forma.

* Meu desenho mais recente

Autores

Uma artista (em graduação), aquarelista, amante de Monet, adora animais e dona de um café (futuramente)

Um biólogo (quase), baixista, apreciador de boa música (questionável), player 1 e quase sempre entediado

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